Lê. Faz-te mal.

  • Beijo

    14 de fevereiro

    Olhei-te hoje nos teus olhos de há vinte anos e neles estavas tu. Tu, a que hoje acordou comigo, a que sempre acorda comigo, de um sonho de praia mansa, onde as ondas amansam as dunas e dão sal à vida que enche a ampulheta do nosso amor. Tu que permaneces bela e ininterrupta, és fogo cândido que me pendura […] Mais

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  • pés sobre folhagem

    o Prado

    Na tarde luminosa e friaSob o céu azul límpidoVieste de alma despidaAquecer este ser sombrio Teus pés sobre o pradoEram de verde invisíveisPerfeitos como os beijosQue entrançados colhemos Num sonho que é só nadaDesejo de luz que soterraO corpo da vívida negaçãoQue é estar vivo e não viver Os beijos despidos de amorDestruiriam-se no pradoE talharam o seu futuro Que […] Mais

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  • Microscópio antigo

    O microscópio

    A menina apareceu empunhando um pequeno microscópio. Segurava-o na mão como um gato exibe o pássaro que capturou no quintal e o apresenta galhardamente. Reconheci-o imediatamente. Era o meu velho microscópio monocular ótico composto, oferecido pela minha avó quando entrei para o quinto ano. Teria uns 20 centímetros de altura e, por ter sido comprado com prudência financeira, era quase […] Mais

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  • Dor

    Sobre a dor

    Fosse quem fosse, dissesse o que dissesse, nunca seria e nunca diria, senão o fingimento de ser e dizer a sua dor como uma dor que dói apenas ao seu reflexo. Uma dor de mutismo estridente, arco-íris perante sentidos daltónicos; feita com nada mais do que o desespero de ser livre, de nada lhe guiar a mão, de não ter […] Mais

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  • Memória

    Memória / Persistência

    Passadas lá atrásAs passadas que guiaste guiadoPelas passadas passagensQue te trouxeram aqui Só Mas sempre acompanhadoPelos passos dos que em tiPassaram ePassandoDeixaram as marcas dos passosQue passarás a quem para ti olhar Quando já fores passado Mais

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  • Rapariga triste

    CVC (Caixa de Variação Contínua)

    – Porque fizeste isto? Cai a pergunta como um insulto àquele a quem dói a resposta que não quer dar a si próprio. A constatação fria do seu fracasso na forma de uma lição nunca aprendida, de uma confissão nunca feita, de uma culpa nunca assumida. Aço frio encostado ao pescoço, murro no estômago depois do almoço, pontapé na boca […] Mais

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  • 30 na estrada

    30 (trinta)

    Sinto que o nosso amor não nasceu, tendo apenas surgido quando, do nada, tudo se fez e os nossos átomos, dispersos pelas galáxias, se tivessem buscado pelo tempo e pelo espaço até ao que somos nesta nossa vida única e irrepetível. A memória dessa incomensurável proximidade está em mim e no desejo de te ter por perto, de sentir os […] Mais

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  • Feto verde e seco

    Interbellum

    Paira uma sombra no mundoUma sombra cheia de passadoEcoando o nada negro fecundoNo esquecido presente alienado São os sinais que se repetemDe caminhos outrora pisadosBanalidades que intrometemA vida arco-íris dos alheados Caminha a sua própria solidãoO homem agora empobrecidoE a mulher confiada à devoçãoDo que para si terá já perdido Dana-se o jovem sem futuroDana-se o de futuro roubadoNo altar […] Mais

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  • Testado cerca das 14h00 do dia 31 de agosto de 2022.

    Performance da página

    Segundo a ferramenta da Google PageSpeed Insights para teste de performance das páginas web, a maquinamundi.com testou como as imagens demonstram: Teste o seu site aqui: PageSpeed Insights. Mais

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  • opulência

    Avenida de Isabel dos Santos

    Não sejas parvo. Este é, claramente(?) um exercício de ficção. Foi em ambiente de pompa que o ministro do Trabalho e Segurança Interna, José Manuel Ventura, rebatizou a Avenida da Associação Empresarial de Portugal (ou Avenida AEP), como Avenida de Isabel dos Santos, empresária de alcance internacional, investidora sustentável e forte contribuidora para o sucesso económico de Portugal. A avenida […] Mais

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  • João de Chagas (http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt)

    Praça Arco-íris

    Não sejas parvo. Este é, claramente(?) um exercício de ficção. Foi num ambiente de festa e tolerância de género que na quinta-feira passada pelas 23:30 se procedeu à inauguração da renovada Praça Arco-íris, antigo Jardim de João Chagas, primeiro Presidente do Conselho de Ministros da República Portuguesa (atual Primeiro Ministro) e commumente conhecida pelos portuenses por Jardim da Cordoaria. O […] Mais

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  • UKRAINE. Kiev. 2019. The Peoples' Friendship Arch

    Praça do Revisionismo Iluminado

    Não sejas parvo. Este é, claramente(?) um exercício de ficção. Praça do Revisionismo Iluminado, é este o novo nome da antiga Praça do Império, após aprovação unânime em sessão de Câmara. O projeto foi apresentado por um grupo de cidadãos portuenses com ligações históricas aos continentes africano e sul-americano. “Trata-se de uma reparação há muito pedida”, afirmou Josinaldo Ráudinei, historiador […] Mais

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  • Homem em pavilhão

    A MetaIgreja de Cedofeita

    Não sejas parvo. Este é, claramente(?) um exercício de ficção. Foi por entre gritos de júbilo que a população da cidade do Porto, empunhando os símbolos aprovados pela MetaIgreja, assistiu e tomou parte da consagração, à MetaIgreja, do antigo edifício pertencente à Igreja Católica, e entretanto restaurado, na Rua de Cedofeita. Membros destacados desta rede religiosa, tanto nacionais como globais, […] Mais

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  • Avenida dos Aliados

    Avenida da Derrota da Vergonha

    Não sejas parvo. Este é, claramente(?) um exercício de ficção. A Avenida da Derrota da Vergonha, antiga Av. da Liberdade, está sempre engalanada para lembrar os que vivem na cidade e os muitos que por ela passam que tempos houve em a vergonha grassava no país. Grossos pendões negros, alternando a ouro as siglas AV e CH, adornam os edifícios […] Mais

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  • Pedro e estátua de A Silva

    Barca d’Alva

    Saio do carro, calor adentro, cansado e plácido perante a perspectiva do Douro à minha frente. Quando dou conta, estás sentado atrás de mim. Sereno, de mão no peito, como que gravando na memória esta paisagem que quiseste por única posse. Choro por te ver, por me lembrar que te esqueço no dia-a-dia. A tua simplicidade avassaladora no destronar do […] Mais

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  • Phyllis and Demophoon

    Fala-MeDaTuaVida

    Fala-me da tua vida, atiras tu despreocupadamente, enquanto te recostas na cadeira e sorves um golo de chá gelado. Poderia responder-te de imediato, como sempre desejei, a estilo de fuga, entre o humor e o inconsequente. Tivesses perguntado “o que fazes?” E teria respondido, assim, sem pensar, “faço ginástica. Três vezes por semana”. E complementaria o seu sorriso surpreendido com, […] Mais

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  • www.esepf.pt

    ESEPF – nova página

    No âmbito da colaboração com início em 2004, a página da ESEPF foi renovada. Reforçando a aposta feita no gestor de conteúdos (CMS) WordPress, foram feitas mudanças de modo a tornarem a página mais rápida e mais responsiva. Experimente em: esepf.pt Mais

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  • Flores silvestres num passeio

    Flores

    Gosto das pequenas flores silvestres que pululam as nossas vidas sem disso dar-mos conta. Gosto das brancas, amarelas, vermelhas, lilases; com verdes caules; sós ou aos molhos e que estão por todo o lado. Gosto das que crescem na beira da estrada, nas bermas, bordejando os lambris ou brotando das fendas dos muros e das rachas nos passeios. As flores […] Mais

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  • Tablet e planta

    Finalidade

    Passa a torrente apaixonada do ímpeto E nada mais fica no ecrã de luz branca Que o poema ditado pelo passageiro Incomodado por ser irremediavelmente Um triste narcisista sem reflexo que se olhe Lhe segure a mão e lhe dê o alento Necessário para não ter de se perguntar: Para que servem essas palavras? Quem as tomará para si? O […] Mais

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