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Caro #recrutador,

Durante a minha #carreiraprofissional procurei deliberadamente reinventar-me, sensivelmente a cada dez anos. Ainda que algumas atividades tivessem decorrido em simultâneo, em dada altura da minha carreira, empenhei-me sobretudo numa atividade profissional. Foi assim que como técnico #DTP (DeskTop Publishing) participei na transição de dezenas de gráficas dos sistemas analógicos, chumbo e offset analógico, para sistemas de fotocomposição digital assentes em computadores macintosh. Aí, tive um papel preponderante na #formaçãodeadultos, introduzindo-os à paginação e composição gráfica, à imposição e offset digital. Paralelamente, exercia com sucesso as mais variadas tarefas de manutenção dos equipamentos (os computadores dos anos 90 não foram fáceis de manter vivos).

Mais tarde e sempre ligado ao universo #Apple, enveredei pelo suporte técnico e apoio à venda de soluções informáticas. Tinha funções alargadas de levantamento de necessidades tecnológicas e criação de processos digitais para organizações em transição. Aqui, o contributo técnico de descrição efetiva das potencialidades dos equipamentos e, sobretudo, do binómio, máquina / programa, revelou-se, frequentemente, pontenciador de inúmeros negócios.

Decidi então aplicar o domínio acumulado no #hardware e #software para mergulhar de cabeça na pré-impressão e arte finalização. Posteriormente, e com formação adequada, voltei a minha ação para o design gráfico, primeiro integrado em gabinetes de #design de referencia, como Antero Ferreira Design e Francisco Providência, para depois avançar a só, com pouco impacto é certo, mas de forma sustentada. Ainda dentro do design, logo em finais de 90, tornei-me um #webdesigner conseguido, tendo produzido diversos websites, dos quais destaco o primeiro website do Banco Finantia.

Mais tarde, integrei como #gestordeprojetos, um grupo de desenvolvimento de aplicações de segurança online e inovei na construção de interfaces gráficos. Primeiro para quiosques interactivos, bem mais tarde para aplicações táteis de apoio à cirurgia.

Querendo mais a nível académico, fiz um #Mestrado enquanto geria uma empresa na área dos #facilityservices, com 7 funcionários permanentes e outros tantos em resposta a picos de produção.

Depois de 2006, foquei o meu empenho na #formaçãoprofissional (que havia sempre mantido em paralelo). Colaborei com inúmeras empresas de formação, Alquimia da Cor, Adecco, entre outras, e promovi com sucesso ações de formação individualizada ou para pequenos grupos, na área da fotografia digital, da organização da informação e da comunicação em público.

Falo e escrevo bem em duas línguas, sou funcional em outras duas, arranho duas mais.

Desde 2018 que sou professor do #EnsinoProfissional, um desafio constante e técnico #CAF para o 1.º Ciclo que me trás, diariamente, uma satisfação enorme. Procuro a uns e outros transmitir, para lá das competências académicas, que a preocupação com o #bem-estar dos outros e a #colaboração são o caminho para sermos mais felizes e produtivos.

A idade, não deixando de ser um número, é sobretudo sinal de experiência, capacidade e, os mais novos que me perdoem, compromisso altruísta e responsabilidade pessoal.

Fiz muitas mais coisas, algumas das quais não me orgulho nada, outras de que me orgulho muito. Quer umas quer outras estão feitas e ajudaram-me a ser o que sou hoje. Entre essas coisas de que me orgulho estão dois livros publicados – “O Zigurate” e “Manual do Suicida” – e a participação num terceiro, coletivo – “Cunhal | Cem anos | 100 palavras” –. Como tenho 55 anos e pareço morto, tenho algum tempo livre que doo ao Banco Alimentar contra a fome. Escrevo. Sou um #escritor sem leitores, mas isso nunca me preocupou.

Procuro sempre o diálogo. Procuro não ter de mandar alguém fazer algo, mas não hesito quando o devo fazer. Não exijo nada que não possa fazer. Peço ajuda e ajudo sempre. Sou criativo, oblíquo no pensamento e na análise dos problemas e crítico do meu trabalho. Sou competente na medida em que as organizações me permitem que exerça a minha competência. Não fumo, mas acompanho os fumadores no café das onze, a melhor forma de conhecer uma #organização e as suas pessoas. Vivo em permanente aprendizagem. Mantenho-me atento ao que me rodeia e questiono-me. Apesar de me inovar e renovar repetidamente (porque a isso mesmo me obrigo), mantenho relações de trabalho muito estáveis: mais de 20 anos de colaboração com os SAMS Lisboa; mais de 18 anos de colaboração com a ESE de Paula Frassinetti; mais de 15 anos com médicos de referencia nacional nas suas áreas de atuação.

Quero continuar a reinventar-me. Haja quem me deixe. Desta feita integrado em pleno numa organização. Se o caro recrutador procurar alguém que dê o máximo de horas a preços competitivos, deixe estar. Se, por outro lado, entender que afinal este tipo está longe de estar morto e pode bem ser o que a organização precisa, ligue. Vamos #conversar melhor num qualquer local #informal.

Every day is like Monday
Breve sobre a Europa