Que seguras tu na mão
Fino e de um plástico preto
Barato de aspeto e caro de preço
Que tanto lhe dás com o dedo
Polegar no pequeno ecrã baço
Monocromático
Que mundos se te revelam
Nessa pequena janela sem mais
Que um incessante faiscar de letras
Que objeto tão insignificante
Te faz sorrir e parar para pensar
Abrires a boca e dizeres ‘Ah’
Fixares os olhos e deles deixar correr uma lágrima
Que te deixa preso nele
Nesse pequeno e infinito ele
Cornucópia de mundos
De felicidades e de desfechos incertos
Que é isso que é a cada dia outra coisa
A cada dia outro mundo
A cada dia uma outra história
A cada dia uma nova aventura