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Podendo algum dia estar
Num único local a vida toda
De pés plantados e contemplar
Um momento onde eterno fosse

E seria em frente ao mar
Com o sol na cara e onde barcos
Cravados na lonjura dos olhos
Se derreteriam em horizonte

E seria em frente ao mar 
Onde gruas feitas de ferrugem
Guardariam o meu velar solene
Com areia dura por pedestal

E seria em frente ao mar
Que gaivotas me ensinariam humildade
A mim que sou enorme no desejo
De não saber que sou desejado

E seria em frente ao mar
Que o som das ondas me uniria
À praia que unida nos faz um só
Eternamente só, Por ser um com o mar

Por ser um só comigo mesmo
Plural na solidão de ser só com a praia
Abriria os olhos ao próprio horizonte
E seria em frente ao mar

Sobre o sacrifício
Sobre ser simplório