É sempre o mar que me traz
Em cada onda que morre
A vontade de viver renovado
Onde se agiganta o passado
Sinfonia do tempo que escorre
Por cada onda abandonado
Paredes rolantes avançam
Desfazendo-se em brancura
Cobrem a vida e outro tanto
Sumidas nesse rouco pranto
Com a sua agreste candura
Quais filhas do terror e espanto
Ficam só os nomes das pedras
Onde todo o resto já mudou
E nada mais parece familiar
Senão a vontade de aqui ficar
Preso ao que nunca começou
Refém do que irá acabar