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Há os que dão e há os que não dão. Dos últimos, nada a dizer para já. Dos primeiros, os que dão, há os que quase nos arrancam o saco da mão; há os que fogem com o olhar mas que respondem ao repto levando o saco e trazendo um pacote de arroz ou massa ou duas latas de sardinhas; há os que dizem que estão desempregados e não levam saco mas, ao sair, entregam um pacote de bolachas e dizem, com os olhos rasos, que há quem esteja pior; há os que inicialmente não levam, mas voltam para trás, duas ou três horas depois, e levam um ou dois sacos que devolvem cheios; há os que entram e dizem com prazer ter já dado de manhã ou no dia anterior; há os que agradecem pela doação que fazem; há os que agradecem aos que recebem a doação que fazem; há os que dizem já ter recebido e que agora estão a pagar a ajuda; há as crianças que dão com a alegria de quem salva o mundo todo de uma vez.

Muitos são os que dão. Obrigado a todos eles por, numa situação que não deveria existir, tornarem a vida de muitos um pouco menos sofrida.

Muitos mais são os que não dão. Obrigado a todos eles por, numa situação que não deveria existir, nos lembrarem que ainda há tanto para fazer.

#bancoalimentarporto #fome #pobreza #dar #solidariedade #portodapoio

Em dias de luar
Positivo/Negativo