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Hoje apeteceu-me colar-me à cadeira
Auto-estrada, 60 70, terceira
Passa um, 90 100, quarta
Passa-os a todos, 120 130, quinta

Acelerar, tirar o cinto e Ligar o cruzeiro
Abrir os braços e do carro, voar para fora
Descolar suavemente como um veleiro
Ver a estrada toda e ir-me embora

Aumentar, crescer
Ver a cidade, passar os dedos pelas ruas
Mergulhar no mar de espuma a ferver
Olhar a um lance paisagens que são tuas

Aumentar, expandir
Segurar o planeta na mão
conhecer as plantas, os bichos, o porvir
Abraçar o sol no braço da constelação

Aumentar, consentir
Percorrer galáxias num segundo
Trespassar conglomerados, ver o Mundo
Olhar nos olhos de Deus e com ele me fundir

Ainda bem que não conduzi hoje
Ninguém gostaria disso, pois não?

um edifício mental, construído para reforçar a confusão e manter viva a chama
O Patinho que grunhia (toda a história)
Centro de Interpretação Geológica de Canelas
  1. Belíssimo! O ritmo deste poema é alucinante.
    Parabéns por este espaço e obrigado pela excelente explicação sobre o zigurate.
    Um abraço e um Domingo de sol

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