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o Prado

pés sobre folhagem

Na tarde luminosa e fria
Sob o céu azul límpido
Vieste de alma despida
Aquecer este ser sombrio

Teus pés sobre o prado
Eram de verde invisíveis
Perfeitos como os beijos
Que entrançados colhemos

Num sonho que é só nada
Desejo de luz que soterra
O corpo da vívida negação
Que é estar vivo e não viver

Os beijos despidos de amor
Destruiriam-se no prado
E talharam o seu futuro

Que de tão leves e verdes
Tão frescos e carnudos
Foram prenúncio obscuro

Microscópio antigo

O microscópio

Beijo

14 de fevereiro