Estou cego de tanto ver, Confinado por tanta liberdade
Numa pradaria imensa que me obriga a olhar para baixo
Sempre para baixo, Ofuscado pela ausência da solitude
Anseio por estar só, E ver
Anseio que me deixem, E escutar
Sem os grilhões das imagens em cascata, Igual e constante
Sem o seu troar indistinto, Sufocante algoz da escolha
Tudo o que me sobra do universo me pede silêncio
Tudo o que desejo é paz
Nada olhar e apenas assim ver
Nada ouvir e apenas assim escutar
Então do nada, Eis tudo
Ter por mestres os gatos
Ter por guia a dúvida
Ter por bandeira o amor
E assim ser uno com o universo
Finalmente livre

No reason / Sem razão
