Agora que aqui chegaste, que pedes para ti? – Apenas aquilo que fiz por merecer. – E isso é? – A recompensa pelo sacrifício, pela dádiva, pela escusa ao fácil e ao cómodo. – E fizeste tudo isso para..? – Para tua glória e proveito, claro. – Para mais nada? – Também, e sobretudo, para minha salvação. – E foi isso que te danou. – Danado, eu? – Sim, porque te esqueceste que o filho também é o pai; que o que abraça também castiga; porque todo o bem que fizeste foi em razão de um grande egoísmo. – Estou então, danado. – Sim, estás danado. – Tem a certeza? – Se tenho a certeza(?) que raio de pergunta é essa?
Eis o destino do homem que se ajoelhou para tocar o céu. Que deu a vida por um deus e um tempo maior. Que trazia permanente, no gesto e no rosto, a glória dos dias vindouros. Há pois, aqui, uma profunda e derradeira mensagem para a vida. Ai daqueles que a descurem.