Não sejas parvo. Este é, claramente(?) um exercício de ficção.
Praça do Revisionismo Iluminado, é este o novo nome da antiga Praça do Império, após aprovação unânime em sessão de Câmara. O projeto foi apresentado por um grupo de cidadãos portuenses com ligações históricas aos continentes africano e sul-americano. “Trata-se de uma reparação há muito pedida”, afirmou Josinaldo Ráudinei, historiador luso-brasileiro e cabeça de lista da petição que deu origem à alteração do nome da praça.
Mamadu da Silva Bé, Senegalês bolseiro do FCT e assessor da comissão parlamentar para os assuntos do perdão histórico, considera este mais um passo na direção certa para que Portugal expie a sua culpa colonial e possa olhar nos olhos, sem remorso, os povos das nações que historicamente oprimiu.
Horas após o descerrar da nova placa toponímica, a polícia municipal de intervenção foi forçada a impedir que poucos milhares de pessoas se manifestassem contra a mudança do nome da praça e a remoção do Monumento ao Esforço Colonizador, peça concebida e projetada por Sousa Caldas e Alberto Ponce de Castro e objeto central dessa mesma praça desde meados da década de trinta do século XX. Foi apreendido material subversivo e detidos cerca de duzentos indivíduos, muitos dos quais já identificados pelas autoridades por anteriores ações com o mesmo caráter.
“Tratam-se de pessoas anacrónicas, sem perspetiva cultural e sem respeito pelos valores e sentimentos dos povos e culturas por nós, portugueses e europeus, ofendidos e brutalizados durante séculos”, afirmou o reitor da Universidade do Porto e membro da comissão para a pureza da produção científica da União Europeia.
Nota da redação: Este jornal procurou (e obteve) testemunhos de destacados membros da organização que gizou a manifestação, mas o teor das suas declarações revelou-se de tal forma desligado da nossa realidade e atentatório dos valores de fraternidade para com as nações historicamente reprimidas que a direção optou pela sua não reprodução, de modo a não alimentar contra-informação.