Escrita

Por vezes encontro-me escritor

… e nesse estado límbico, em simultâneo periférico e regulador, encontro-me agente da escrita do inconsciente no universo da razão, despido de tempo e de espaço que dá corpo ao etéreo, voz ao silêncio, rostos aos vultos e faz Aquilino pastor de saurópodes. Uma escrita criativa na medida em que não existia senão no éter da poesia que é o mundo; uma crónica da mente a olhar para si própria com o mundo por espelho.

E traz também a dor e a alegria e a cobardia e o garbo; e também o sonho, a luta, o medo, a angústia, o ódio, o amor [sempre o amor]. Ora de dedo em riste, ora em palavras carícias (caríssimas), que nada custam após serem ditas; e também pelo incómodo que causa em mim e, espero bem, em ti. Disse-me uma vez o Zé Pedro “– Não gosto nada de ler o que você escreve. [– Porquê?] Porque depois fico a pensar nisso.” Maravilhoso! A melhor crítica literária de sempre. Obrigado Zé Pedro.


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