Um caminho
Um dia, assim do nada, à frente dos teus pés, uma linha se parte para saberes quem és
E tu, assim do nada, tão seguro de quem és, percebes que a teus pés está quem sempre foste e que nunca poderás perder ou o novo ser que te espera que quase não esteve para acontecer
Houvesse linha à esquerda e seria o caminho que tomarias para o teu coração
Fosse direita a tua vontade e negra seria a procura de uma nova singular verdade
Seguissem os teus ouvidos a mais perfeita e que torturas te tornariam a voz desfeita
Lançasses o teu pensamento à com mais escolhos e como livres por eles vogariam lisos os teus olhos
Tantos caminhos a trilhar quantos os desejos de viveres a vida em incontáveis inimaginários, uns assumidos, outros nunca, senão projetados em desejos, desejados em sonhos, sonhados em desesperada esperança ou inquieta aceitação
Parte-se a linha à frente dos teus pés e não sabes quem és, até que num momento lasso, uma delas te chama mais alto e recebe, num salto, o teu primeiro passo
E feliz avanças porque és assim feito, feliz pelo passo eleito, até que
Assim do nada, à frente dos teus pés, uma linha se parte para saberes quem és