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Tão presa à vida
A alma é solidão
Por se ver contida
Na negra vastidão

Tivesse eu algemas
Fosse esta a prisão
Cercado por barras
A que deitar a mão

Fosse o meu olhar
Por barreira obstado
E sonharia escapar
A viver vedado

Levantasse o véu
Como por esmola
Veria também eu
O céu que consola

Eis-me tão confinado
Cercado de horizonte
De infinito aprisionado

Onde me sinto a monte
Qual bandido renegado
Perseguido mas insonte

Do que não é
Hamlet