Sinto que o nosso amor não nasceu, tendo apenas surgido quando, do nada, tudo se fez e os nossos átomos, dispersos pelas galáxias, se tivessem buscado pelo tempo e pelo espaço até ao que somos nesta nossa vida única e irrepetível. A memória dessa incomensurável proximidade está em mim e no desejo de te ter por perto, de sentir os meus átomos em contacto com os teus átomos, como se fossem apenas nossos, como se o teu calor fosse o meu calor, como se o meu corpo fosse o teu corpo, como se a nossa mente apenas tivesse ficado completa quando os nossos olhos se cruzaram.
Sinto que não sou eu que te ama, mas todo o universo que há em mim.
Sinto que não és tu que me ama, mas todo o universo que enche os teus olhos doces.